Nós precisamos de concorrência

A melhor coisa pro mercado e, principalmente, pro consumidor é a concorrência.

Eu arrisco dizer, de forma totalmente empírica, que o Brasil tem as passagens aéreas mais caras do mundo. Ou pelo menos figura no top 5.

Sem levar em consideração os impostos e bla bla bla, a causadora disso é a falta de concorrência. Em âmbito nacional, temos apenas duas empresas. É praticamente um cartel. E como tem muita gente que realmente precisa viajar, o jeito é se submeter.

Aí é que entra a beleza da concorrência. Veja você, até duas semanas atrás, GOL e TAM sempre tinham algumas promoções estampadas no site. Geralmente entre cidades do sul e sudeste e o preço sempre estava entre 200 e 400 reais. Mas eis que chega a Azul, com o trecho São Paulo-Porto Alegre a 99 reais e, magicamente, TAM e GOL passam a estampar promoções na casa dos 100 reais. Olha só que beleza!

Agora é torcer pra Azul chegar logo pra cá e ver se as passagens pro Brasil saem da casa dos 400 reais.

Galiotto não é vinho

Eu entendo de vinhos muito menos do que eu gostaria. Mas uma lição importante que eu aprendi é que Galiotto não é vinho.

Eis a explicação. Se pegarmos uvas e fizermos suco dela (olha o cacófato) e reservarmos em barris, o resultado será vinho. Vinho seco.

O Galiotto é uma aberração chamada vinho suave cujo qual é o resultado da interrupção da fermentação seguido da mistura com açucar. Isso mesmo, Galiotto é vinho com açucar. E por isso ele é extremamente doce.

Sei lá eu por qual razão, o Galiotto é um ‘vinho’ extremamente popular. Talvez por causa do preço, apesar de não ser tão barato assim (em média 10 reais a garrafa). Só que, juntando mais uns 3 reais, é possível comprar o verdadeiro vinho.

O Galiotto é o representante mais chique (mais caro) dessa classe suave, pelo menos que eu saiba.

E era por isso que, antes de eu descobrir isso, eu não conseguia encontrar de jeito nenhum vinhos suaves ‘melhores’ que o Galiotto. Perdia um tempão procurando e nada, só secos. Muito depois eu entendi o porquê.

É claro que no começo, o Galiotto é muito mais ‘fácil’, pois é docinho e tem o álcool na medida. E os secos são muito mais difíceis, porque tem aquele gosto meio estranho. Mas, isso é só no começo.

Pois é, esqueça o Galiotto. Tome suco del valle, é mais gostoso e nutritivo.

Existem vinhos muito bons (leia-se gostosos) por 15, 20 reas. O curioso é que o vinho mais ruim que eu já provei, foi o mais caro que eu comprei, R$ 25 – na minha opinião, claro.

Só pra aproveitar o assunto, eu me decepcionei com o vinho do porto. De tanto ouvir falar, eu sempre achei que era uma coisa fantástica, que iam tocar uns sinos e tal, mas nada…

O que eu comprei era Ferreira alguma coisa e custou 16 dólares no duty free de são paulo, aqui custa 81 reais no DB!!!

Pois é, vinho do porto é doce e mais forte que os outros vinhos (na casa dos 20%). Extremamente doce, chega a ser enjoativo. Mas não é porque misturam com açucar e sim porque interropem a fermentação dele antes de todos os açúcares se transformarem em álcool. Pesquise mais pra entender melhor.

Follow-up 2008

Ano passado, fiz esse post.

Na verdade, eu morro de vergonha desse post e acho totalmente desnecessário.

Mas vou fazer um follow-up mesmo assim. Na verdade II, eu nem sei se esse é o significado de follow-up, mas vamos lá

  • emagrecer: é… não deu. Mantive a regularidade, uns quilinhos a mais, outros a menos.  Só entre os dias 23 e 26 (desse mês), eu engordei 2 quilos. Mas tive progressos, até comecei a correr. Mas parei. Mas vou retomar semana que vem
  • publicar muito: poooorra!! Não tenho do que reclamar! Foram 3 artigos internacionais, 1 nacional e 1 journal internacional. Meta cumprida com louvor
  • falar menos: nem lembrava que eu tinha escrito isso.
  • ser menos irônico: não. Continuo o mesmo escroto de sempre
  • juntar dinheiro: nunca! jamais! Não dá, é impossível
  • viajar pra venezuela: égua, que pensamento pequeno… Mas fiz muito melhor: viajei duas vezes pro exterior!!
    Fui pra onde eu jamais imaginei e pra onde eu sempre quis ir. Marrocos, Alemanha e Estados Unidos!! E nos USA, encontrei a minha paixão: New York! ai… ai… Mas qualquer dia, eu vou pra venezuela. Mais detalhes aqui
  • terminar a dissertação: no way. 50%, sendo otimista…
  • ser menos ranzinza: acho que não. Mesma coisa de sempre
  • ser mais simpático: acho que não, também. Mas eu tenho uma explicação. Toda vez que eu quero ajudar alguém ou que eu sou simpático, eu sempre me dou mal.
  • degustar vinhos: continuo não sabendo nada de vinhos. Mas provei alguns poucos durante o ano. Mas pelo aprendi que Galiotto não é vinho. Atenção: Galiotto não é vinho!!

Coma bem em Manaus – uma idéia implementada

Neste post, revelei uma idéia que eu tinha há algum tempo e agora resolvi implementar.

Criei um blog pra fazer reviews e falar, bem ou mal, de restaurantes, bares e lugares aqui de Manaus.

Eu queria um nome engraçadinho, mas não consegui pensar em nada, então ficou http://comabemmanaus.wordpress.com/.

Já tem um post lá e mais outro quase pronto.

O nome é um pouco pretensioso, mas whatever…

Onde comer bem em Manaus

Quem compra um iPhone nas operadoras brasileiras é um imbecil

Imbecil endinheirado é verade, mas imbecil.

O iPhone já tá rolando no Brasil desde sempre. Mas só recentemente é que ele é vendido oficialmente. Antes da homologação feita pela Anatel, vários aparelhos foram apreendidos em algumas lojas de São Paulo. Mas só há pouco tempo é que o iPhone chegou oficialmente no brasil através das operadoras. Que o aparelho custaria dois rins e um fígado, todo mundo sabia. Mas, o que ninguém imaginava – pelo menos eu acho – é que as operadoras iam criar planos de voz exclusivos pro iPhone. Exclusivos e ridículos, diga-se.

Vou citar o exemplo da TIM. A TIM tem diversos planos de voz pós-pagos, a linha principal é o TIM brasil. Em todos esses planos, a franquia de minutos pode ser usada pra qualquer operadora (fixa ou móvel) e eu creio que seja assim nas demais – na claro eu sei que é. E existem as promoções cujos minutos só podem ser usados pra própria operadora, o que é óbvio. Só que pro iPhone criaram planos de voz especiais que são uma afronta a inteligência dos consumidores.

A TIM tem o TIM iPhone 100 que me dá 80 minutos pra falar com qualquer TIM e 20 minutos pra falar com outras operadoras e ainda 40 SMS pra TIM, 10 SMS pra outras operadoras e pacote de dados de 200MB. Esse plano custa R$93,00. Simplesmente ridículo. O pacote de dados é que limpa a barra desse plano. Mas, segundo consta, o iPhone consome muita banda porque o safari carrega as páginas inteiras, ou algo assim.

Com exceção do plano de dados e por um preço bem menor, existe o plano tim brasil 120, que é o meu plano. São 120 minutos pra qualquer operadora, algumas dezenas SMS e MMS por cerca de R$ 70. Eu também pago um plano de dados de 1GB que custa R$ 70. Ou seja, por cerca de 150 reais, eu tenho um plano muito melhor e que acaba sendo mais barato, dadas as vantagens.

Ok, não tem o iPhone. Mas, iPhone pra quê? Qualquer smartphone da Nokia é muito melhor que o iPhone. Não vou nem comparar com o N95 porque é covardia. Pro iPhone eu chamo só o E71 que tem teclado qwerty e tela razoável. Não tem touchscreen. Mas, falando sério, who cares about touchscreen?

A claro e a vivo também tem os seus planos pro iPhone e são igualmente ridículos. As operadoras, é claro, estão no direito de ganhar dinheiro e ainda bem que é assim. Mas não precisava tripudiar. Essas coisas só vão deixar de existir quando rolar um boicote geral. Esses planos existem e vão continuar existindo simplesmente porque vendem. Mas eu aposto que se rolasse um boicote por parte dos consumidores esses preços iriam cair rapidinho.

Leia aqui um post bem melhor que o meu sobre o mesmo assunto

Do que adianta as aves daqui gorjearem melhor do que as de lá se eu não posso nem andar na rua em paz?

Anteontem eu fui assaltado. O que levaram? Bom… pra resumir, a pedidos meus, eles deixaram a minha carteira…

Indo pra casa, desci do ônibus na Av. Tefé e virei numa ruela pouco iluminada. Tinha um fiesta modelo antigo, vermelho, com insulfilm, três filhos da puta caras encostados nele, ‘conversando’. Assim que eu entrei na rua, dois começaram a andar e um entrou no carro. Juro que eu achei estranho, mas sei lá, como eu sempre passo por aquela rua, continuei andando. Alguns segundos depois, os dois que estavam andando, pararam e eu continuei andando. Quando eu me aproximei mais um pouco, eles se viraram e anunciaram o assalto.

Eles me levaram pra um canto e foram revistando os meus bolsos, o outro se encarregou de tirar a minha mochila. Encarecidamente, pedi pra eles pelo menos me darem o conteúdo da mochila e a minha carteira com os meus documentos – que estava dentro da mochila. O que pegou a mochila, pegou a minha carteira (tirou o dinheiro, lógico) e jogou no chão. Nesse ínterim, o que estava, supostamente, armado passou o pente fino em mim, revistou minha cintura, minhas pernas e colocou a cereja no bolo

– não tá escondendo nada aí, não, né vagabundo?

Na carteira tinha uns 20 reais – no bolsinho da calça tinha R$ 60, precaução que eu sempre tomo quando eu tenho um pouco mais de dinheiro comigo-, levaram a minha mochila, meu mp3 player Samsung, meu óculos escuro da Tommy Hilfiger que eu comprei em New York e custou 15 dólares!!!, meus dois celulares, entre eles o meu querido nokia e51 com menos de dois meses de uso – mas pelo menos eu não paguei por ele, a tim me deu em troca de cordas pra eu colocar em volta do pescoço 😀 – e mais algumas outras coisas pouco relevantes: case de cds, agenda, um caderno velho, necessaire com produtos de higiene, um short, uma camiseta e etc.
Não tinha notebook na mochila. Esse é o principal motivo por eu não ter comprado um notebook até hoje. Só compro um quando eu tiver carro. Vai demorar, eu sei… paciência…

Durante o assalto, quando eu virava a cabeça pra falar com eles – eu tava de frente pra uma parede – um deles sempre dizia que era pra eu não ficar olhando pra ele.

Claro que sempre rola de dizer aquele clichê ‘pelo menos não te levaram a vida’ e bla bla bla. Mas, porra!, eu trabalhei pra comprar tudo isso, ninguém me deu nada – mentira! -, juntei dinheiro, me privei de algumas coisas, parcelei, depois, fiquei sem dinheiro pra pagar as parcelas e vem um bandido filho da puta e leva tudo embora em 10 segundos!?

Depois disso, continuei andando e quando olho pra trás, eles já estavam assaltando outra pobre coitado que nem eu. Aí eu parei em uma casa que tinha uns velhotes conversando, falei que tinha sido assaltado e pedi pra eles chamarem a polícia, nenhum deles tinha celular e me apontaram o orelhão. Enquanto eu ligava, o cara que foi assaltado depois de mim, já vinha andando e logo surgiu uma viatura da polícia. Ele parou, falou o que aconteceu e eu corri lá com ele. Entramos na viatura, demos um rolê pela redondeza e nada… Eles nos deixaram num posto da polícia, relatamos tudo pro seu puliça lá e deixamos nossos telefones no caso de encontrarem alguma coisa. Mas quem disse? Nada até agora e eu nem tenho mais esperança nenhuma.

Veja em que ponto chegamos. O cara vem me roubar, pergunta se eu não tô escondendo nada dele e ainda me chama de vagabundo…
Enquanto os bandidos estão por aí ‘defendendo o deles’, somos nós que temos que nos esconder atrás das grades, portões e cercas elétricas…

Ser assaltado é horrível. É humilhante. É uma sensação de impotência total, afinal é você contra um maluco que tem uma arma na mão e, já que está disposto a encarar uma situação dessas, está disposto a qualquer coisa… A impotência não é só durante o assalto, mas depois também. Ir na polícia fazer um BO não adianta de nada, vai pra mesma fogueira dos rios de dinheiro gastos com a propaganda oficial, com os jingles que grudam na nossa cabeça e nos fazem ficar cantarolando que ‘eu tenho orgulho de ser amazonense e do governo que acredita nessa gente’.

O que nos resta são as dívidas pra comprar tudo de novo e esperar até o próximo assalto. E torcer pra que eles continuem levando apenas os bens materiais.

O bizarro dessa história é que exatamente há um ano e três ou quatro dias, eu fui assaltado na frente da UFAM.

edit: há um ano exato eu fui assaltado na frente da UFAM, foi dia 16 de dezembro de 2007. Égua! Saravá!

E por mais que eu tente me convecer do contrário, as sequelas ficam. Como o negócio aconteceu anteontem, eu só penso nisso. É na hora de dormir, assim que eu acordo, passando pelo local onde aconteceu, andando na rua…

Faz tempo que ser assaltado ou furtado aqui em Manaus virou um questão de ‘quando’ e não de ‘se’. Eu já vi gente de outras cidades dizer que é apenas uma questão de tempo pra Manaus se tornar uma das cidades mais violentas do Brasil. E admitamos, sem paixões ou orgulho de ser amazonense, que estamos no caminho certo…

Esse assalto só multiplicou em muitas vezes a minha vontade de ir embora pra sempre do brasil. Se dependesse de mim, eu já tava nos EUA ou na Europa faz tempo… Não que lá não existam assaltos, mas a ocorrência desses eventos é tão ínfima que dá desprezar.

Pode falar o que quiser do brasil: carnaval, futebol, pessoas alegres, belezas naturais e que é o melhor país do mundo. Mas eu trocaria tudo isso aí por andar na rua tranquilamente, sem medo. Veja que nem eu me refiro às outras benesses como internet de verdade, gadgets baratos, pringles custando um dólar e um transporte público decente. Eu falo de segurança, e apesar do medo constante de ataques terroristas, New York – leia-se Manhattan -, por exemplo, é incrivelmente segura.

Teste

Teste
Portando do celular

Posted by Wordmobi

11232008(002)

Posted by ShoZu

Que coisa, não?

Tava lendo uns slides sobre redes mesh e olha a descoberta:

In a group of 23 or more randomly chosen people, there is more than 50% probability that some pair of them will have the same birthday

E mais, num grupo de 57 pessoas essa probabilidade vai pra 99%, tendendo pra 100%.

Ah… os clichês

Os clichês estão sempre por aí, são inevitáveis, mas na televisão, eles são elevados a enésima potência.

Pelo fato de a televisão ser uma mídia feita por ‘adultos’ – ou sei lá por quem -, as emissoras mais tradicionais têm uma dificuldade pra se comunicar com o ‘jovem’.

Ontem, o jornal da globo exibiu uma matéria sobre blogs e como ganhar dinheiro com eles. O acerto da matéria foi terem chamado o Interney, de longe o mais bem sucedido nessa parada de blogs. Eu não entendi porque chamaram umas pessoas lá que eu nunca tinha ouvido falar. Eu não sou referência pra nada, mas tudo bem.

– Humm… computador… internet… já sei, tive uma idéia! – pensou o editor

Colocaram os pobres dos entrevistados pra falarem um texto decorado dentro de uma moldura que imitava – bem porcamente – um vídeo na internet, com barra de progresso e tudo.

O mais clássico dos clichês é colocar uns zeros e uns passeando pela tela.

Quando o programa é voltado para o público djóvem, o chavão é ficar girando a câmera, dando zooms in and out, aplicar um efeito de câmera lenta ou de cores berrantes. Eu não sei se é só comigo, mas eu fico completamente perturbado com esses efeitos e não consigo assistir o que eu quero.